Vou recomeçar a escrever aqui com regularidade, ou começar já nem sei, dado que nunca escrevi com regularidade. Escolhi este meu blog porque já quase não há alma que aqui venha e desse modo, poupar-me as críticas e continuar iludido que sei escrever.
Deste modo decidi começar com um texto alusivo aos temas que vou escolher para continuar este meu episódio literário. Sim, não se iludam, não passará de um episódio por certo. Sempre escrevi sobre coisas que pensava, imaginava, coisas, ideias ou pessoas, situações até. Mas todas elas tinham algo em comum, todas elas tinham já passado pela minha cabeça de um modo ou de outro. A partir de hoje vou alterar isso por completo, vou escrever sobre coisas que nunca me tenham sequer passado fugazmente pela cabeça,. Vou dizer "algarviadas" de todo o tamanho (desculpem os algarvios), calinadas de bradar aos céus e até quiçá, parvoíces estapafúrdicas. Vou dizer coisas tipo a terra afinal e octogonal, a lua cilíndrica, o sol não é quente mas sim frio, o calor vem de um aquecedor gigante a gás propano que se encontra sempre providencialmente escondido atrás do mesmo e até talvez diga que a terra, e contrariamente ao que se diz, não descreve órbitas matematicamente calculadas à volta do sol mas sim que se passeia arbitrariamente a volta deste.
Compilarei todos estes textos carregados de parvoíces numa “pen” (abrirei aqui dois parêntesis, eu sei que só se vê um mas vale por dois pronto; então o primeiro é que a “pen” de nome técnico “light pen” não tem nada a ver com uma caneta; o segundo é a minha reformulação da famosa frase de Edward Bulwer-Lytton, da qual eu muito me orgulho “The pen is mightier than the sword” para a realidade do século XXI que é assim: “The light-pen is mightier than the light-sabre”, se é que alguém vai entender isto, muito menos a alusão furtiva à Guerra das Estrelas) ... ora aonde íamos? Ahh já sei .. deixarei então este legado de estupideses proféticas numa pen que deixarei ao meu filho como legado, talvez até o único. Ele passará esta informação valiosa de geração em geração até que um dia umas das minhas frases se torne realidade. Sei lá a terra desvia-se da órbita devido a um fenómeno inexplicável e aí a minha frase passa a fazer todo o sentido, e os meus hexa-tetra-netos vão se sentir orgulhosissímos. OK sei que as probabilidades de isto acontecer não são muitas, mas são decerto maiores do que me sair o euromilhões e não é por isso que deixo de jogar todas as semanas.
A verdade é que de todas a profecias já feitas, e com resultado, ao logo dos séculos nem 10% foram feitas com alguma base científica. Alias vejam a grande maioria foram feitas por filósofos da Grécia antiga. Ora o que eram os filósofos da Grécia antiga?? Eram boémios, bêbedos, drogados e vagabundos da altura que não tendo nada que fazer, nem sabendo fazer nada, falavam .. diziam coisas depois de umas tantas garrafas de hydromel ou lá o raio que se bebia na altura. Por isso não tenho nada temer: sou bêbado, drogado, boémio sem qualquer duvida e definitivamente vagabundo .. porque não eu então?
Sempre achei que as profecias eram como as crenças .. se se acreditar com muita força elas acontecem ..
